segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Historiadores gregos

Para que possamos compreender com mais completude o pensamento da época grega, temos por via a leitura não só dos filósofos, mas também de outras literaturas que permitem o seu contexto, especialmente em relação aos poemas de Homero e as trajédias e comédias do teatro, que da mesma forma, contribuiram para a formação da cultura helênica. Além do mais, ainda temos os historiadores da época, que contaram de forma brilhante a vida dos gregos. Heródotonasceu por volta de 484 a.C., morreu em 420 a.C. Realizou viagens à Ásia, ao Egito e à Itália. Autor de Historíai (Histórias), inspirou-se no patriotismo grego, criando a visão do Oriente dominante na Antigüidade até os tempos modernos. Tucídides (471 - 401 a.C.), filho de rica família ateniense, foi acusado de traição e condenado a vinte anos de exílio por ter sido derrotado numa batalha na Trácia. Com isso, escreveu a sua História da Guerra do Peloponeso. Ele foi o primeiro a mostrar como o expansionismo de Atenas representava uma grave ameaça à sua democracia. Ademais, para ele era evidente que a derrota de atenas significava o fim de uma época, e a precisão com que ele analisa a situação dá ao livro uma atualidade significativa, pois ele o escreveu durante a guerra, assim como se faz hoje no tocante ao trabalho dos jornalistas, mais especificamente, seria como se Tucídides fosse um desses "enviados de guerra" que contam com detalhes os acontecimentos da guerra. Outro historiador que merece destaque é Xenofonte (430 - 335 a.C.), que também foi um filósofo e militar grego. Um rico aristocrata que foi discípulo e amigo de Sócrates (certa vez, este o salvou a vida). Em relação à sua obra de filósofo e historiador, além das Memórias em diálogo, um compêndio das doutrinas e ditos de Sócrates, escreveu, Xenofonte, a Ciropedia, que é um esboço de um príncipe perfeito e as duas histórias: as Helênicas (da obra de Tucídides) e as Anabasis, que trata da expedição de Ciro à Alta Ásia e da retirada dos dez mil, por ele comandada. Inferior a Tucídides em arte e ciência. Xenofonte o excede, no entanto, na elegância da dicção e no poder descritivo. Deixou ainda o Econômico.

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